COMO O FILME GUERRA NAS ESTRELAS ILUMINA O DIREITO CONSTITUCIONAL

Autores

  • Cass R. Sunstein Harvard University, EUA

DOI:

https://doi.org/10.21783/rei.v2i2.84

Palavras-chave:

Serendipidade, Interpretação Judicial, Suprema Corte dos EUA, Romance em Cadeia, Originalismo

Resumo

Os seres humanos frequentemente identificam coerência e planejamento quando nenhum desses elementos sequer existe. Tal situação ocorre nos filmes, na Literatura, na História, na Economia e na Psicanálise – e no Direito Constitucional. No âmbito do cinema, a saga de Guerra nas Estrelas não foi idealizada a priori; apesar das repetidas afirmações de George Lucas, principal autor da obra; o que agrega à construção da série os componentes surpresa e improviso - inclusive para o próprio Lucas. Dessa forma, se já é natural que a interpretação assuma um papel pervasivo e orientador da imaginação criativa em forma de manifestação de um novo pensamento, em trabalhos individuais, mais natural ainda é que essa “serendipidade” (serendipity) ocorra em obra de múltiplos autores e escrita ao longo do tempo. A “serendipity” impõe rigorosas exigências na busca pela coerência na Arte, na Literatura, na História e no Direito. Essa busca leva muitas pessoas (como o próprio Lucas) a descrever de forma imprecisa a natureza de seu processo criativo. A imprecisão surge em resposta à séria necessidade humana de conferir sentido e identificar padrões, o que é um obstáculo significativo para a compreensão e reflexão crítica. Independentemente de serem Jedi ou Sith, muitos Constitucionalistas muito se parecem com o autor de Guerra nas Estrelas, quanto à simulação da essência do seu processo criativo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cass R. Sunstein, Harvard University, EUA

Professor Universitário Robert Walmsley, Harvard University.

Referências

BALKIN, Jack. Living Originalism. Cambridge, MA: The Belknap Press,

BARNETT, Randy. Restoring the Lost Constitution: the Presumption

of Liberty. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2013.

BREYER, Stephen. Active Liberty: Interpreting Our Democratic

Constitution. New York, NY: Knopf, 2005.

BYATT, Antonia Susan. Possession: A Romance. London: Chatto &

Windus, 1990.

DROSNIN, Michael. The Bible Code. New York, NY: Touchstone, 1998.

DWORKIN, Ronald. Law’s Empire. Cambridge, MA: Harvard

University Press, 1986.

FLYNN, Gillian. Gone Girl. London: Phoenix, 2013.

KAMINSKI, Michael. The Secret History of Star Wars: the Art of

Storytelling and the Making of a Modern Epic. Kingston, ON: Legacy

Books Press, 2008.

KURAN, Timur. Ethnic Norms and Their Transformation through

Reputational Cascades. The Journal of Legal Studies, Vol. 27, 2, 1998.

McCONNELL, Michael. Originalism and the Desegregation Decisions.

Virginia Law Review, Vol. 81, 4, 1995.

RINZLER, J.W. The Making of Star Wars: Return of the Jedi: The

Definitive Story. New York, NY: Del Rey, 2013.

SCALIA, Antonin. A Matter of Interpretation: Federal Courts and the

Law. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1998.

SUNSTEIN, Cass R.; ULLMANN-MARGALIT, Edna. Solidarity Goods.

Journal of Political Philosophy, Vol. 9, 2, 2001.

TAYLOR, Chris. How Star Wars Conquered the Universe: the Past,

Present, and Future of a Multibillion Franchise. New York, NY: Basic

Books, 2014.

WATTS, Duncan. Everything Is Obvious: Once You Know the Answer.

New York, NY: Crown Business, 2011.

Publicado

2017-02-01

Como Citar

Sunstein, C. R. (2017). COMO O FILME GUERRA NAS ESTRELAS ILUMINA O DIREITO CONSTITUCIONAL. REI - REVISTA ESTUDOS INSTITUCIONAIS, 2(2), 562–580/581. https://doi.org/10.21783/rei.v2i2.84

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)