Falhas na educação jurídica, bypasses espontâneos e reprodução da hierarquia no Brasil: algumas ideias preliminares

Autores

  • David Trubek Universidade de Wisconsin-Madison
  • Camila Alves Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo

Palavras-chave:

bypasses institucionais, desenhos institucionais, educação

Resumo

No livro de Prado e Trebilcock, Bypasses institucionais: uma estratégia para promover reformas para o desenvolvimento (2019), os autores identificam o que chamam de bypassespontâneo. Esse termo se refere a uma alternativa que surge à medida que indivíduos e grupos descentralizados buscam substitutos para um sistema que não está funcionando como poderia ou deveria. Embora esses desvios espontâneos – geralmente chamados de “soluções alternativas” – sejam criados como soluções não coordenadas, coletivamente eles oferecem caminhos alternativos para instituições disfuncionais. Observando as maneiras pelas quais as pessoas procuraram contornar esses obstáculos ao desenvolvimento, os autores argumentam, podemos entender melhor a dinâmica de um sistema disfuncional e encontrar ideias que possam ser usadas para sua reforma. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ballakrishnen, Swethaa. 2011. “Homeward Bound: What Does a Global Legal Education Offer the Indian Returnees Colloquium: Globalization and the Legal Profession.” Fordham Law Review 80 (6): 2441–80.

Bastos, Aurélio Wander Chaves. 1988. O ensino jurídico no Brasil. Rio de Janeiro: Lúmen Juris.

Bonelli, Maria da Glória. 2018. “Changes in the Brazilian Legal Professions.” In International Meeting on Law and Society. Mexico City.

Cunha, Luciana Gross, Daniela Monteiro Gabbay, José Garcez Ghirardi, David M. Trubek e David B. Wilkins, eds. 2018. The Brazilian Legal Profession in the Age of Globalization. The Rise of the Corporate Legal Sector and Its Impact on Lawyers and Society. Globalization, Lawyers, and Emerging Economies, second. Cambridge, United Kingdom: Cambridge University Press.

Cunha, Luciana Gross e José Garcez Ghirardi. 2018. “Legal Education in Brazil: The Challenges and Opportunities of a Changing Context.” In The Brazilian Legal Profession in the Age of Globalization: The Rise of the Corporate Legal Sector and Its Impact on Lawyers and Society, edited by Luciana Gross Cunha, Daniela Monteiro Gabbay, José Garcez Ghirardi, David M. Trubek e David B. Wilkins, 247–63. Globalization, Lawyers, and Emerging Economies. Cambridge, UK: Cambridge University Press.

Falcão Neto, Joaquim de Arruda. 1978. “Os Cursos Jurídicos e a Formação Do Estado Nacional.” In Os Cursos Jurídicos e as Elites Políticas Brasileiras: Ensaios Sobre a Criação Dos Cursos Jurídicos., edited by Aurélio Wander Bastos, 65-93. Brasília: Câmara dos Deputados.

———. 1983. “Mercado de Trabalho e Ensino Jurídico.” Forum Educacional 7 (1): 3–18.

______. 1984. Os Advogados: ensino jurídico e mercado de trabalho. Recife: Fundação Joaquim Nabuco.

Faria, José Eduardo. 1987. A reforma do ensino jurídico. Porto Alegre: Fabris.

———.1988. A Crise Do Direito Numa Sociedade Em Mudança. Brasília: Editora da Universidade de Brasilia.

———. 1999. “A Cultura e as Profissões Jurídicas Numa Sociedade Em Transformação.” In Formação Jurídica, edited by José Renato Nalini. São Paulo: RT.

———. 2018. Baú de Ossos de um Sociólogo do Direito. Curitiba: Juruá.

Fontainha, Fernando de Castro, Pedro Heitor Barros Geraldo, Alexandre Veronese e Camila Souza Alves. 2015. “O concurso público brasileiro e a ideologia concurseira.” Revista Jurídica da Presidência 16 (110): 671–702.

Gabbay, Daniela Monteiro, Luciana Ramos, e Lígia Pinto Sica. 2018. “Corporate Law Firms: The Brazilian Case.” In The Brazilian Legal Profession in the Age of Globalization: The Rise of the Corporate Legal Sector and Its Impact on Lawyers and Society, edited by Luciana Gross Cunha, Daniela Monteiro Gabbay, José Garcez Ghirardi, David M. Trubek e David B. Wilkins, 33–73. Globalization, Lawyers, and Emerging Economies. Cambridge, UK: Cambridge University Press.

Lyra Filho, Roberto. 1980. O direito que se ensina errado. Brasília: Centro Acadêmico de Direito da UnB, 1980.

______. 1981. Problemas atuais do ensino jurídico. Brasília: Obreira.

Mendonça, Samuel e Felipe Alves Pereira Adaid. 2018. “Tendências teóricas sobre o Ensino Jurídico entre 2004 e 2014: busca pela formação crítica.” Revista Direito GV 14 (3): 818–46.

Oliveira, Fabiana Luci de e Luciana Ramos. 2018. “In-House Counsels in Brazil: Careers, Professional Profiles, and New Roles.” In The Brazilian Legal Profession in the Age of Globalization: The Rise of the Corporate Legal Sector and Its Impact on Lawyers and Society, edited by Luciana Gross Cunha, Daniela Monteiro Gabbay, José Garcez Ghirardi, David M. Trubek e David B. Wilkins, 74–109. Globalization, Lawyers, and Emerging Economies. Cambridge, UK: Cambridge University Press.

Prado, Mariana Mota e Michael J. Trebilcock. 2019. Institutional Bypasses: A Strategy to Promote Reforms for Development. New York, NY: Cambridge University Press.

Rodrigues, Horácio Wanderley. 1988. Ensino jurídico: saber e poder. São Paulo: Autêntica.

______. 1993. Ensino jurídico e direito alternativo. São Paulo: Autêntica.

______. 2000. Ensino do Direito no Brasil: diretrizes curriculares e avaliação das condições de ensino. Florianópolis: Fundação Boiteux.

______. 2020. Educação Jurídica No Século XXI: Novas Diretrizes Curriculares Nacionais Do Curso de Direito e Seus Limites e Possibilidade. Florianópolis: Habitus.

Silva, Fabio de Sá e e David M. Trubek. 2018. “Legal Professionals and Development Strategies: Corporate Lawyers and the Construction of the Telecoms Sector in Brazil (1980s–2010s).” Law & Social Inquiry 43 (3): 915–43.

Silver, Carole. 2006. “Internationalizing U.S. Legal Education: A Report on the Education of Transnational Lawyers.” Cardozo Journal of International and Comparative Law 14 (January).

———. 2011. “The Variable Value of U.S. Legal Education in the Global Legal Services Market.” Georgetown Journal of Legal Ethics 24 (1).

Venâncio Filho, Alberto. 1977. Das arcadas ao bacharelismo: 150 anos de ensino jurídico no Brasil. São Paulo: Perspectiva.

Warat, Luis Alberto. 1972. Ensino e saber jurídico. Santa Cruz do Sul: FISC.

______. 1982. Saber crítico e senso comum teórico dos juristas. Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos, 3(05), 48-57.

______. 1985. A ciência jurídica e seus dois maridos. Santa Cruz do Sul: FISC, 1985.

______. 1996. Filosofia do Direito: uma interdição crítica. São Paulo: Moderna, 1996.

Wilkins, David B., David M. Trubek e Bryon Fong. 2019. “Globalization, Lawyers, and Emerging Economies: The Rise, Transformation, and Significance of the New Corporate Legal Ecosystem in India, Brazil, and China.” HLS Center on Legal Profession Research Paper Series; University of Wisconsin Legal Studies Paper Series.

Downloads

Publicado

2020-12-30

Como Citar

Trubek, D., & Alves, C. (2020). Falhas na educação jurídica, bypasses espontâneos e reprodução da hierarquia no Brasil: algumas ideias preliminares. REI - REVISTA ESTUDOS INSTITUCIONAIS, 6(3), 1503–1515. Recuperado de https://estudosinstitucionais.com/REI/article/view/551

Edição

Seção

Book Review